Blog •  29/11/2022

Cuidados para garantir um pasto de qualidade

Autora:  Thayná Drugowick, zootecnista.
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Entenda a importância de cultivar um pasto de qualidade e quais são os passos para o estabelecimento da pastagem.

O segredo para que o capim possa expressar sua longevidade e se desenvolver adequadamente para oferecer ao gado uma nutrição de qualidade é o planejamento. Para isso, apresentamos a seguir alguns cuidados e manejos necessários para melhorar o desempenho da planta forrageira.

Escolha da forrageira

Não existe um “capim milagroso” que terá alta produtividade independente das características do solo, clima e manejo.

Portanto, o primeiro passo a ser dado é estar ciente de fatores importantes que compõem a propriedade, como característica do solo, levantamento de adubação, uso de corretivos, fertilizantes, tamanho da área, facilidade de manejo, tolerância à matocompetição e patógenos locais. Assim, após a coleta de todas essas informações, deve-se confrontá-las com espécies e cultivares que melhor se encaixem no seu sistema produtivo.

Outro ponto importante é analisar de forma individual a exigência de cada espécie levando em consideração a exigência da planta quanto a fertilidade do solo, encharcamento, declividade e nível tecnológico da fazenda. Por exemplo: espécies de maior potencial produtivo demandam mais nutrientes que espécies de menor potencial de crescimento.

Figura 1
Ordem crescente de produtividade em boa fertilidade


Fonte: Peluso et al. (2017)/Elaborado pela Scot Consultoria

Tabela 1
Faixas de teores de nutrientes adequados para algumas forrageiras, calculados com base na matéria seca.

Fonte: Werner et al. (1996)

Além disso, a qualidade da semente impacta diretamente no bom estabelecimento da pastagem. Uma semente certificada garante produtividade, maior taxa de germinação, maior competitividade com plantas daninhas e menos problemas no solo e com pragas invasoras. Para garantir que a semente comprada é de boa qualidade, é necessário exigir o termo de conformidade do produto.

Manejo

Os cuidados com manejo são fundamentais para garantir a longevidade do pasto e coberturas uniformizadas.

A taxa de lotação adequada e equipamentos suficientes em lugares estratégicos, como os comedouros, bebedouros e cercas, são pontos que merecem atenção.

Contudo, o ponto-chave para garantir uma boa formação da pastagem é respeitar a entrada e saída de animais por meio da mensuração da altura do pasto, que pode ser feita com uma régua específica.

Na tabela 2, apresentamos as alturas de entrada e saída de animais nas pastagens para diferentes espécies de plantas forrageiras.

Tabela 2
Altura de entrada e saída de animais em pastos com a utilização do manejo rotativo para diferentes espécies de plantas forrageiras

Fonte: adaptado de DA SILVA et al., 2008.

Outro grande desafio dentro do manejo de pastagem é o controle de plantas invasoras. Pois, sem um controle aliado a um trabalho de prevenção, a produtividade do pasto pode ser comprometida drasticamente.

Planta daninha, normalmente, é o primeiro sinal de que uma determinada pastagem não está respondendo como deveria, ou seja, há algo a ser corrigido e, na maioria dos casos, é o manejo da pastagem que está inadequado às necessidades da forrageira.

Além disso, pode ser que haja a necessidade de reposição de nutrientes, que estão limitando o crescimento das forrageiras.

Em todo caso, o início da estação chuvosa, no Brasil Central, prevista para ter início em outubro, é o momento em que as plantas daninhas retomam o crescimento e, portanto, estarão em estádio vegetativo, época que aumenta a eficiência aos herbicidas.

Neste caso, a Tecnologia XT-S® controla desde as plantas daninhas semilenhosas até as lenhosas de difícil controle, sendo anuais, bianuais ou perenes, como o fedegoso-branco e a malva-relógio. Sua formulação conta com as seguintes moléculas: aminopiralide, picloran e fluxopir. Sua aplicação pode ser realizada por meio de pulverizadores costal, tratorizado ou aéreo.

A tecnologia Ultra-S® tem formulação concentrada e exclusiva Corteva Agriscience, rendendo, por litro, muito mais hectares tratados que os demais herbicidas do mercado. Controla plantas anuais e bianuais de folhas largas, como a guanxuma e o fedegoso-branco. Suas moléculas consistem em Aminopiralide e 2,4-D.

Conclusão

Com um bom planejamento e controle de plantas daninhas, as forrageiras apresentarão seu máximo potencial de acúmulo de forragem e longevidade.

Assim, com as forrageiras bem cuidadas, a produção animal em pastagens terá aumento em produtividade e, consequentemente, um melhor retorno econômico para o produtor.

Referências bibliográficas

Corteva Agriscience. Disponível em: https://www.corteva.com.br/. Acesso em: 20 set. 2022.

DA SILVA, S. C.; DO NASCIMENTO JÚNIOR, D.; EUCLIDES, V. B. P. Conceitos básicos, produção e manejo. Viçosa: Suprema, 2008. v. 1, 115 p.

PELUSO, E. P. et al. Formação de pastagem: aspectos além da escolha das sementes. Disponível em: http://www.gerentedepasto.com.br/noticia/6/formacao-de-pastagens-aspectos-alem-da-escolha-das-sementes. Acesso em: 20/09/2022.

WERNER, J. C.; PAULINO, V. T.; CANTARELLA, H., ANDRADE, N. O.; QUAGGIO, J. A. Forrageiras. In: RAIJ, B. van; CANTARELA, H.; QUAGGIO, J. A.; FURLANI, A. M. C. ed. Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2. ed. Campinas: Fundação IAC, 1996. p. 263-274 (IAC. Boletim Técnico, 100).