Blog •  10/04/2023

A tecnologia no combate à vulnerabilidade alimentar

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Tema, um dos principais abordados na COP 27, faz parte das ações da Corteva Agriscience para atingir suas metas de sustentabilidade 

Os desafios da produção mundial de alimentos de forma sustentável nas próximas décadas é um tema urgente. O aumento da população e as mudanças climáticas são obstáculos a serem contornados pelo agronegócio global. A Corteva Agriscience  é uma empresa de agrociência totalmente dedicada ao agronegócio. Ela é líder no segmento de controle de plantas daninhas em pastagem, que oferece aos produtores de todo o mundo o mais completo portfólio de insumos do setor, como sementes, proteção de cultivos e soluções digitais para maximizar a produtividade. A instituição, com mais de dois séculos de realizações científicas, conhece os desafios que o desequilíbrio das mudanças de padrão climático representa para a agricultura mundial, razão pela qual se comprometeu em reduzir as emissões de gases e otimizar uma agricultura sustentável.

A Corteva Agriscience lançou, em 2020, 14 metas para promover a sustentabilidade em todo o sistema alimentar global pelos próximos 10 anos. Elas estão divididas em quatro pilares: agricultores, saúde do solo, comunidades (colaboradores e clientes) e as operações da empresa. As metas preveem treinamentos de agricultores sobre boas práticas de manejo, bem como ferramentas para otimizar insumos e melhorar a resiliência climática. Destacam-se, também, ações que englobam manejo da água, biodiversidade, transparência da cadeia de suprimentos e segurança do trabalhador.

Inovação, o caminho para o futuro

A Corteva Agriscience sempre acreditou que a solução para estas questões é a inovação, e por isso trabalha com afinco para criar mecanismos e ferramentas que possibilitem aos produtores atingirem melhores resultados, preservando o campo e gerando desenvolvimento para suas comunidades. Com este intuito, a instituição divulgou seu relatório de sustentabilidade anual de 2021, no qual mostrou algumas tecnologias que têm impactado seus clientes, atendendo às suas necessidades e minimizando trade-offs negativos. O documento também destaca a intenção da empresa em focar em quatro áreas que considera as mais urgentes e com maior potencial para gerar um impacto positivo e significativo, tanto para agricultores como para pessoas, ambientes e comunidades. São eles:

●       Inovacão sustentável

●       Biodoversidade

●       Emissão de gases do efeito estufa

●       Inclusão, diversidade e equidade

A empresa ainda tem implementado outras estratégias para atingir suas metas de sustentabilidade, fazendo treinamentos para milhões de pecuaristas e produtores, garantindo melhor produtividade com redução de emissão de gás carbônico, reduzindo a quantidade de embalagens* de seus produtos e assegurando que elas sejam 100% sejam recicláveis ou reutilizáveis. O primeiro passo concreto foi o lançamento da Plataforma Ultra-S, em 2020, que visa aprimorar o uso da terra, conservar e otimizar o uso da água, investir em projetos sociais no campo, com inclusão e capacitação, e ações ambientais.

SAIBA MAIS: Plataforma-S, compromisso com a sustentabilidade

Produção de alimentos, emissão de GEE e COP 27

As Nações Unidas preveem que a população mundial aumentará em 2 bilhões, chegando a 9,7 bilhões, até 2050. De acordo com o Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), seria necessário aumentar em mais de 70% a produção agrícola mundial para suprir essa demanda alimentar. Os debates sobre o assunto estiveram presentes na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), que ocorreu de 7 a 18 de novembro de 2022, no Egito. Um dos temas principais para debate foi o papel da agricultura sustentável na vulnerabilidade alimentar. Foi abordada a necessidade de intensificar o apoio à capacitação, ao financiamento e ao desenvolvimento de tecnologias que amenizem e reduzam a vulnerabilidade da agricultura e, principalmente, dos pequenos agricultores e suas comunidades.

O principal objetivo da conferência, que envolve países de todo o mundo, é traçar metas e criar mecanismos de controle que diminuam a emissão de gases do efeito estufa (GEE). A Conferência foi criada em 1994, tendo sua primeira edição em 1995, na Alemanha. Na ocasião, o evento foi marcado pela incerteza em relação aos tipos de medidas que deveriam ser tomadas para minimizar a emissão dos GEE. Desde então, a cada ano surgem novas ferramentas e tecnologias que ajudam nesse controle. A COP 26, realizada em 2020, na Escócia, resultou em um documento no qual os países se comprometeram a criar e normatizar um mercado de carbono que deverá ajudar na redução da emissão dos GEE.

Cenário brasileiro para redução da emissão de GEE

Segundo Jamile Ernandorena, advogada no escritório Hapner Kroetz, mestre em Direito do Estado pela UFPR e especialista em Direito Ambiental pela UFGRS, o Brasil estabeleceu, voluntariamente, metas para a redução de emissão dos gases de efeito estufa perante o Acordo de Paris (2015). Até 2025, o país se comprometeu a reduzir em 37% as emissões, tendo como parâmetro as emissões do ano de 2005. Sempre tendo os dados de 2005 como base, a meta para 2030 é reduzir em 50% e para 2050 em 100%, neutralizando suas emissões. As metas se referem às emissões líquidas, ou seja, é a remoção de quantidades de GEE da atmosfera até atingir o nível da neutralização, quando a captação será maior do que a emissão.

Entretanto, vários são os desafios para conseguir atingir o objetivo final. Jamile observa que o Brasil não tem tributação de imposto específica e proporcional às emissões de GEE, estratégia adotada por diversos países pelo mundo relacionada à precificação do carbono – definida como ferramenta de política econômica utilizada por governos e pelos mercados para compatibilizar o crescimento econômico e a agenda climática. “O Brasil também não tem um sistema de comércio de emissões para a economia em geral, mas já há uma primeira iniciativa de precificação de carbono no setor de combustíveis fósseis”, ressalta.

Outra dificuldade é que desde 2020 não há legislação vigente com estipulação de metas de emissões para os principais setores da economia com emissões intensas, como a agropecuária. “É preciso avançar nesse marco legal e regulatório para viabilizar a implantação, o monitoramento e o controle das ações de redução e remoção dos GEE. Está em trâmite na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n. 528/2021, que tem por objeto a regularização do mercado brasileiro de permissão de emissões previsto no artigo 9º da PNMC, portanto, ele vem como um endereçamento regulado desse mercado”, afirma a advogada. Por outro lado, em maio de 2022 o Poder Executivo da União expediu o Decreto n. 11.075/2022, que regulamenta os procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare). “Estabelecer os procedimentos para os mercados setoriais criarem suas metas gradativas e conceber a estrutura de um sistema único de registro e rastreabilidade confiável para esses créditos é um passo largo para a institucionalização de um mercado legítimo e efetivo para as operações financeiras”, esclarece.

Dentro da Plataforma-S, a Corteva Agriscience trabalha com o programa Carbono S, que remunera os produtores que melhoram o uso da terra e contribuem com a mitigação dos gases do efeito estufa por meio da comercialização de carbono armazenado no solo. Ainda existem alguns obstáculos, como o desenvolvimento de protocolos internacionalmente aceitos para reconhecer o carbono armazenado no solo como um título, mas a empresa acredita que, após essa fase, o programa será uma ferramenta ainda mais importante para contribuir com o futuro das novas gerações.

O caminho para encontrar todas as respostas da delicada equação que ensinará a alimentar um planeta em plena expansão, mas de forma a preservá-lo, ainda é longo. Porém, é um assunto que não pode ser negligenciado. Por isso, é fundamental que as empresas se unam às organizações e governos mundo afora para que os obstáculos que ameaçam o mundo sejam superados. A Corteva Agriscience, ciente do seu papel neste cenário, tem buscado exercer ativamente suas capacidades e responsabilidades, impactando o maior número de agricultores, pecuaristas e comunidades possível, pois apenas desta forma poderemos preservar o meio ambiente e garantir um agronegócio sustentável.

Embalagens - destino correto

De acordo com a Lei Federal n. 9.974/00, promulgada em junho de 2000 e regulamentada em 2002, cada agente da cadeia agrícola é responsável por uma etapa da logística reversa das embalagens de defensivos agrícolas. Para tornar esse processo viável, foi criado o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), uma organização sem fins lucrativos que integra todos os elos dessa cadeia, gerencia o sistema e faz parte do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. As embalagens vazias devem ser recolhidas e entregues nos postos regionais do inpEV para que possam ter um destino ambientalmente correto e retornar ao ciclo produtivo como matéria-prima de outros produtos.