Conheça a jornada inspiradora da pecuarista Ana Amélia Paulino
Conheça a trajetória de Ana Amélia Paulino no agro e seu papel à frente do Sindicato Rural de Porangatu, fortalecendo a liderança feminina no setor.
Conheça a trajetória de Ana Amélia Paulino no agro e seu papel à frente do Sindicato Rural de Porangatu, fortalecendo a liderança feminina no setor.
Na cidade de Porangatu, no Norte Goiano, a pecuarista e advogada Ana Amélia Avelar Ferreira Paulino se tornou a protagonista de uma história sobre superação e quebra de paradigmas. Aos 49 anos e mãe da pequena Manuella, Ana Amélia reflete a força do empreendedorismo feminino no agronegócio brasileiro.
Neta e filha de agropecuaristas, ela trilhou uma trajetória semelhante a de muitas mulheres que passaram a infância na fazenda e se apaixonaram pelo campo. A história da família no agronegócio começou na Fazenda Barra das Onças, local onde a pecuarista cresceu vendo os avós e os pais trabalhando com muita dedicação.
“Essa propriedade sempre foi o meu grande amor. Minha mãe Leide conta que quando eu era pequena e perguntavam qual seria a minha profissão, eu respondia que queria ser fazendeira. Tive uma infância maravilhosa na fazenda, brincando de curral com meu avô. Ele dizia que quem não estudava ia para a roça, então eu matava a aula com o intuito de ir para a fazenda”, lembra.
Diferente de muitos pecuaristas, que entraram para o agronegócio devido à influência do pai, Ana Amélia aprendeu a trabalhar na fazenda com a mãe, dona Leda, que tomava conta da propriedade desde 1970.
“Meu pai era mais intelectualizado, ele cuidava da gestão da fazenda. Mas a parte de pegar no chifre do boi, literalmente, era com a minha mãe. Eu cresci vendo ela balizar cerca, vacinar e apartar gado no curral. A minha mãe é o exemplo de mulher mais forte que eu já conheci”, declara.
Para a pecuarista, os ensinamentos deixados pela mãe contribuíram para o seu processo de sucessão. São aprendizados que vão desde a rotina diária, com o café pronto e o sino tocando às cinco da manhã chamando para o trabalho, até a lida da fazenda.
“Minha mãe comprava uma luva de raspa e colocava no porta-luvas da caminhonete. Quando ela via um mata-pasto ou alguma praga, me chamava para ir lá puxar aquilo com a mão. Nós plantávamos sorgo, e ela me levava para ajudar a rastelar. Se hoje a fazenda Barra das Onças é o que é, isso se deve 1000% à minha mãe. Eu cresci com esse exemplo de mulher forte e determinada”.
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O sonho de trabalhar na fazenda da família pareceu desmoronar quando Ana Amélia começou a se preparar para a faculdade. Seu pai, que era advogado, queria que a filha tivesse a mesma profissão, e não permitiu que ela fizesse o curso de veterinária.
Mesmo contrariada, ela ingressou no curso de Direito, em São Paulo, e aprendeu a amar a profissão. “Eu fui a advogada mais country que aquela faculdade já viu. Estava sempre de botina e ouvindo moda sertaneja. Mas o Direito é uma grande paixão, me auxiliou muito no desenvolvimento do agronegócio e hoje me ajuda a administrar a fazenda.”
Depois de formada, chegou a hora de enfrentar um novo desafio: voltar para trabalhar na fazenda da família, seu antigo sonho.
Ana Amélia enfrentou a resistência dentro da própria casa, pois no início seu pai não acreditava que poderia assumir o comando das propriedades.
“Acho que esse foi o primeiro ‘não’ que eu tive: não é lugar de mulher estar na fazenda, lá não é o seu lugar. Meu pai me colocou para fora da fazenda porque não acreditava no meu potencial, e eu tive que provar. Ele só me chamou de volta quando teve a certeza que eu estava no caminho certo e que estava apta para aquele desafio.”
Um dos momentos mais difíceis foi a perda do pai, que era o seu grande parceiro, com quem discutia sobre melhorias para a propriedade, e de quem herdou a vontade incansável de lutar e de melhorar.
“Tudo que eu fiz e lutei na vida foi para mostrar para o meu pai que eu tinha capacidade. Tinha capacidade para ser uma advogada tão competente quanto ele, e tinha competência para administrar a fazenda. Acho que meu pai ficaria muito orgulhoso da filha dele”, diz.
Parte da Fazenda Barra das Onças é dedicada à criação de cavalos de raça. Ana Amélia conta que a paixão por cavalos entrou na sua vida em um momento difícil, após uma perda gestacional.
“Lembro que às vezes eu ia para as provas e era motivo de chacota, porque eu chegava com um cavalo que não tinha registro. Eu montava pela direita e caia pela esquerda. Mas não desisti, porque aquilo me fazia muito bem. As provas equestres me ensinaram a ter persistência, a continuar, a ter foco e não desistir”.
No Sindicato Rural de Porangatu, a pecuarista coordenou a área de equideocultura. Sua gestão bem-sucedida rendeu um convite para assumir a presidência da Comissão da Equideocultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG), na qual exerce o segundo mandato.
https://www.instagram.com/descomplicando_equideocultura/
No início de 2024, Ana Amélia foi eleita a primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato Rural de Porangatu, após 50 anos de história. Antes disso, ela foi a primeira mulher a ser diretora da entidade, onde permaneceu por duas gestões.
“A minha história no sindicato começou há mais ou menos 11 anos. Quando eu entrei ali, foi amor à primeira vista. Eu pensei em tudo que poderia fazer, em quantas pessoas poderia ajudar, e em todos os projetos que poderia trazer, porque a estrutura do sindicato é imensa. Hoje tenho orgulho de bater no peito e falar: Sindicato Rural de Porangatu, o mais bem-estruturado do Norte Goiano”.
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Um momento inesquecível foi a chegada da filha Manuella, considerada por ela como o maior presente que poderia ter recebido de Deus, depois de uma espera aguardada por 20 anos.
“Ela foi um grande ensinamento na minha vida: confiar em Deus e esperar. Existe uma Ana Amélia antes e outra depois da Manuella. Minha filha transformou a minha maneira de enxergar o mundo, as pessoas, me ensinou a ser tolerante, compassiva e a amar. Só quem tem filho entende o que digo. É um amor fora do normal.”
Antes de ser reconhecida pela competência e liderança, Ana Amélia ouviu muitas vezes a palavra “não”, e passou por muitas dificuldades de aceitação, mas, com muita resiliência e persistência, se destacou no agronegócio. Recentemente, ela foi homenageada pela Câmara dos Deputados por sua contribuição significativa no agronegócio em Goiás.
“A mulher é muito desacreditada. Primeiro ela é testada e tem que mostrar sua capacidade, para então ser colocada em uma posição. É um processo diferenciado dos homens. Mas, por mais desafiador e difícil que seja, se você colocar força e vontade, tudo dará certo. Não tem como dar errado, basta ter coragem para ir lá e fazer”, aconselha.
Na Fazenda Barra das Onças, a pecuarista atua na cria de três mil cabeças de gado Nelore, e trabalha com a Integração Lavoura-Pecuária, com áreas de silagem. Há cerca de um ano e meio, ela conheceu os produtos da Corteva Agriscience e passou a utilizar os herbicidas da Linha Pastagem para potencializar a produção no pasto e na agricultura.
“No início nós fazíamos as silagens de sorgo, agora estamos somente na silagem de capim e formação de pasto. Então, estamos utilizando os produtos especificamente nessas áreas. O resultado dos herbicidas foi fantástico na propriedade, disponibilizou o controle das plantas daninhas e, claro, contribuiu para a rentabilidade da lavoura, então, fez toda a diferença”.
As plantas daninhas podem gerar grandes perdas com a degradação da pastagem, aumentando os custos de produção e afetando a produtividade do capim, devido à competição por nutrientes do solo. Por isso, investir no controle de plantas daninhas é a melhor estratégia para um pasto produtivo e de qualidade.
Para auxiliar o produtor nesse desafio, a Corteva Agriscience desenvolveu a Linha Pastagem, um portfólio de herbicidas concentrados e com muito mais rentabilidade.
Entre as opções disponíveis estão os produtos com a Tecnologia XT-S e a Tecnologia Ultra-S, soluções que rendem muito mais hectares por litro, com menos embalagens para transportar, guardar e descartar, além de reduzir o CO2 nas operações.