Blog •  19/05/2023

Como usar taxa de desfrute para medir a eficiência da fazenda

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Ao calcular a taxa de desfrute, o pecuarista sabe o quanto a produção do seu rebanho aumentou em relação ao seu rebanho inicial, em determinado período.

Conhecer bem os índices zootécnicos da propriedade é um requisito indispensável para uma gestão pecuária eficiente. Para quem atua na pecuária de corte, um dos dados mais importantes a serem analisados é a taxa de desfrute. Ela mostra quanto o pecuarista aumentou a produção do rebanho em um determinado tempo, em relação ao seu rebanho inicial.

A taxa de desfrute é considerada um KPI (Key Performance Indicator), ou chave de indicação de performance. Isso significa que, quanto maior a taxa de desfrute, maior será o índice de produtividade interna do rebanho, ou seja, maior é a eficiência daquela atividade pecuária.

Diferença entre taxa de desfrute e taxa de abate

Muitos pecuaristas ainda confundem a taxa de desfrute (TD) com a taxa de abate (TA). Embora estes dois índices zootécnicos forneçam informações relevantes para a gestão pecuária, é muito importante conhecer a diferença entre eles.

“A taxa de desfrute mensura a capacidade do rebanho de produzir animais sem comprometer seu efetivo básico por meio da comercialização de animais excedentes ou adicionais. Já a taxa de abate refere-se apenas ao que a fazenda abateu ou vendeu. As duas taxas podem ser calculadas em cabeças ou arrobas”, esclarece o zootecnista e mestre em Produção Animal Marcelo Fernandes dos Santos.

O cálculo da taxa de abate considera a relação entre o número de cabeças abatidas e o número total de animais existentes, sem considerar os bezerros em aleitamento. Em geral, a taxa de abate é menor que a taxa de desfrute. Essas duas taxas são iguais quando todos os animais do rebanho são destinados ao abate.

Como calcular a taxa de desfrute

Segundo o especialista, uma forma simples de se calcular a taxa de desfrute é utilizar a seguinte equação: reduza do seu estoque final o estoque inicial e as compras, e depois some as vendas. O resultado será a produção do rebanho. Este valor deve ser dividido pelo estoque inicial e depois multiplicado por 100. O resultado final será o percentual relacionado à taxa de desfrute. 

Equação para calcular a taxa de desfrute:

estoque final (EF) - estoque inicial (EI) - compras (C) + vendas (V) = produção do rebanho (PD) ÷ estoque inicial (EI) * 100

Aprenda a calcular a taxa de desfrute no exemplo abaixo:

(EF) estoque final: 320 animais

(EI) estoque inicial: 200 animais

(C) compras: 40 animais

(V) vendas: 40 animais

1° passo: EF - EI - C + V= PD ÷ EI * 100                                

2° passo: 320 - 200 - 40 + 40 = 120 

3° passo: 120 ÷ 200 = 0,60

4° passo: 0,60 * 100 = 60% (taxa de desfrute)

Taxa de desfrute para diferentes sistemas de produção

De acordo com Santos, a fórmula citada pode ser utilizada para avaliar a taxa de desfrute em qualquer sistema de produção, desde que a fazenda tenha um bom controle zootécnico e a cultura de coletar seus dados de produção, pois sem dados coletados não é possível gerar as informações.

“Após mensurar a TD, podemos utilizar alguns valores de referência para avaliar se o sistema que estamos avaliando está indo ladeira acima ou ladeira abaixo”, diz o zootecnista, que também é diretor da Acurácia Consultoria.

Confira os parâmetros utilizados para avaliar a TD para cada sistema de produção:

●       produção de bezerros: TD maior que 35%

●       ciclo completo: TD maior que 45%

●       recria e engorda: TD maior que 55%

Alguns valores de referência podem ser utilizados para a situação atual da fazenda. Para comparar os resultados após a avaliação, podem ser utilizados os seguintes parâmetros:

●       produção de bezerros: TD maior que 35%

●       ciclo completo: TD maior que 45%

●       recria e engorda: TD maior que 55%

Fatores que influenciam na taxa de desfrute

Segundo o zootecnista, toda variável ambiental, ou seja, que não é genética, pode interferir no alcance da taxa de desfrute ideal.  Entre elas estão estresse, oferta ou restrição de volumoso, suplementação adequada por categorias e épocas do ano e vacinas reprodutivas.

Ele cita como exemplo as fêmeas que estão em sistemas que realizam um excelente manejo de pastagem e aumentam a taxa de prenhez já no início da estação de monta. “Em virtude do bom escore de condição corporal, as fêmeas expostas aumentam a chance de levar a gestação até o final, produzindo mais bezerros e aumentando a produção do rebanho, o que reflete na taxa de desfrute.”

Para os pecuaristas que querem melhorar a taxa de desfrute, Santos recomenta a intensificação da pecuária, investindo em pastagens melhoradas e protocolos nutricionais.

“Estas ações possibilitam o aumento da produção de arrobas por hectare/ano e o melhoramento genético animal, por meio da seleção, com foco em reduzir a idade ao primeiro parto, aumentar a eficiência alimentar e gerar maior peso a desmama, o que alavanca esse indicador essencial para o sucesso da atividade.”

Tecnologias ajudam a melhorar da taxa de desfrute

Outro aliado para melhorar a taxa de desfrute é o uso de inovações tecnológicas na gestão da propriedade. Como exemplo, o especialista destaca as fazendas que têm controle zootécnico na palma da mão, com sistemas de gerenciamento de dados e armazenamento em nuvem, sincronização de dados a longa distância e recursos computacionais que permitem manipular milhões de dados produtivos em segundos.

“Todas estas tecnologias apoiam os tomadores de decisão, entregando dados confiáveis e ferramentas que permitem melhorar a taxa de desfrute”, afirma.

Outras tecnologias disponíveis são os softwares de descarga programada em confinamento, os sistemas de automação para fábricas de suplemento na fazenda, as tecnologias aplicadas à genética e o cruzamento de cultivares que buscam desenvolver híbridos de pastagem cada vez mais produtivos e adaptáveis.

“Tenha o máximo de informações sobre as atividades da fazenda. Já sabemos que a taxa de desfrute é uma informação, então, sem os dados, não temos informações, e sem informações constantes e confiáveis, não há uma gestão eficiente”, orienta Santos. 

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