Blog •  24/04/2023

Desafios da implantação de floresta em áreas degradadas

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Uso de tecnologia, cuidados com o solo e aplicação planejada de herbicidas nos diferentes ciclos da floresta são essenciais para o sucesso da atividade. 

Um dos grandes desafios para a implantação de áreas cultiváveis no Brasil é a recuperação de áreas degradadas. O assunto tem se tornado cada vez mais relevante, principalmente com a adesão do país a compromissos globais relacionados à sustentabilidade do planeta. Além do aspecto ambiental, recuperar áreas degradadas para implantar florestas também envolve aspectos socioeconômicos.

Para o Engenheiro Agrônomo Neivaldo Tunes Caceres, consultor da NTC ConsultAgro, a recuperação de áreas degradas está estritamente ligada ao termo “racionalidade”. “Podemos e precisamos fazer mais com menos. Não faz sentido gastarmos recursos e ocuparmos um espaço que não expressa o seu máximo de potencialidade. A ciência já gerou, e continuará inovando, tecnologias que nos permitem ser eficientes e produtivos nos mais diversos ambientes. As reflorestadoras brasileiras já respeitam códigos éticos, técnicos, sociais e ambientais ímpares no mundo. Uma área que passa de um estágio de degradação para o de produtividade, traz ganhos não só econômicos, mas também ambientais”, ressalta.

Neivaldo comenta que os créditos de carbono são um exemplo da interação do fator econômico com o ambiental, além de fortalecer a imagem de uma empresa perante a sociedade como um todo, comprovando sua contribuição ao adotar práticas que respeitam todos os recursos disponíveis, com respeito à legislação e emprego inteligente das tecnologias disponíveis.

Aquisição de áreas degradadas pode ser boa oportunidade de investimento

Com o avanço da tecnologia, aprimoramento da legislação, aumento da competitividade e da preocupação com a sustentabilidade, o especialista acredita que não há mais espaço para má gestão ou improviso no sistema produtivo agrícola, seja para agricultores, pecuaristas ou agroindústria. É preciso alcançar eficiência e rentabilidade para sobreviver nessas atividades.

Neivaldo declara que é nesse ponto que entra o raciocínio da intensificação da atividade agrícola e da recuperação de áreas degradadas, especialmente de pastagens. “Segundo a Embrapa, 60% da área de mais de 160 milhões de hectares possui algum grau de degradação, desde leve até severo. Em parte, isso explica o que vivemos na atualidade, uma grande migração de áreas de pastagens para o cultivo de lavouras de grãos ou reflorestamento, em sua maioria substituindo pecuaristas de baixa tecnologia, que não se sustentaram na atividade, para algo de maior ganho por área. Não necessariamente a pecuária tem que dar lugar à agricultura para que a área passe a ser rentável, pois a pecuária bem conduzida também é competitiva com outras atividades agrícolas”, observa. Nesse cenário, destaca-se a importância de recuperar a pastagem com o manejo adequado para que o local seja produtivo novamente.

Nessas áreas, também se constata a adoção crescente das integrações entre lavoura-pecuária, pecuária-floresta e lavoura-pecuária-floresta. “Hoje, temos na casa dos 15 milhões de ha e, estimada pela Embrapa, para atingir 30 milhões de ha por volta de 2030. Essas integrações entram intensificando a produtividade das áreas, principalmente as degradadas, e diversificando o risco da atividade agrícola e pecuária. Bons exemplos dessas técnicas podem ser encontrados, principalmente, nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso”, acrescenta.

Implantação de novas áreas de reflorestamento em áreas com alto índice de plantas de difícil manejo

O Engenheiro Agrônomo explica que, hoje, as reflorestadoras já dominam a tecnologia para entrada nesses ambientes degradados, com a adequação da fertilidade da terra, uso de técnicas de conservação e prevenção da erosão do solo e utilização de materiais genéticos adaptados às condições de clima e solo de cada local. Mesmo assim, existem desafios para a implantação de florestas novas em áreas de pastagens degradadas e de Cerrado, que possuem uma vegetação natural agressiva, com plantas daninhas de difícil controle, tanto para pastagens quanto para floresta cultivada.

Para viabilizar a implantação nesses locais, é fundamental fazer um bom preparo mecânico do solo, com adequada correção da fertilidade por meio da calagem, gessagem e, eventualmente, uso de fertilizantes. Neivaldo esclarece que a primeira ação a ser feita na área é a aplicação de herbicidas de amplo espectro, que facilitam e melhoram as operações mecânicas de preparo do solo. “Na maioria dos casos, essa aplicação de herbicidas no pré-preparo do solo não é regra no operacional das reflorestadoras, dificultando posteriormente as operações de plantio e condução da floresta”, destaca.

O Engenheiro Agrônomo resume as etapas de aplicação dos herbicidas para manejar as plantas daninhas na implantação de floresta. Confira.

  • Aplicação em pré-plantio: facilita as operações mecânicas de preparo de solo e plantio, diminui a pressão de infestação inicial, melhorando a implantação da floresta. Como os desafios de controle são menores, muitas vezes há redução de custos com herbicidas nessa fase do ciclo.
  • Aplicação de herbicidas pré-emergentes na linha de plantio: permite o desenvolvimento inicial das árvores livre de competição, essencial para a adequada consolidação da floresta. O sucesso ou o fracasso na produtividade da floresta que será cortada após 5 ou 6 anos é definido em um período extremamente curto, de 2 a 3 meses. Por isso, é importante considerar produtos que ofereçam residual de solo suficiente para evitar reaplicações e, consequentemente, aumento nos custos operacionais.
  • Aplicação de pós-emergentes na entrelinha de plantio, entre 60-90 até 120-150 dias de plantio: essencial para o fechamento das ruas no limpo, o que ocorre entre 180 e 200 dias do plantio. Como nessa etapa as mudas não podem ser atingidas pelo herbicida, a aplicação tem que ser realizada com proteção da cultura, com equipamentos que realizam jato dirigido ou ainda com produtos que ofereçam seletividade à cultura. O período de até 6 meses do plantio é fundamental para definir a produtividade final na floresta, caso haja competição nessa fase. Dependendo da intensidade da infestação, perdas severas poderão ser observadas.
  • Controle de plantas em sub-bosque: evita prejuízo nas fases finais de desenvolvimento da floresta, além de proporcionar controle de formigas cortadeiras e facilitar as operações de corte das árvores e o transporte da madeira. A menor infestação da área também facilita as operações de implantação de novo ciclo de floresta.

Neivaldo enfatiza que dependendo da composição florística de cada local, as aplicações de herbicidas, principalmente do pós-emergente na entrelinha, devem considerar o controle de folhas largas e/ou gramíneas. “Nestas áreas de pastagens degradadas é muito frequente a presença de plantas de folhas largas, herbáceas e algumas lenhosas de difícil controle. Felizmente, hoje, o mercado dispõe de herbicidas bastante indicados para essas condições”, afirma.

Ele lembra, ainda, que o desafio com as plantas daninhas reaparecerá na floresta após alguns anos de condução, com a ocorrência da infestação denominada “sub-bosque”, essencialmente composta por plantas lenhosas, de difícil controle. “Elas prejudicam o desenvolvimento das árvores, dificultam as operações de corte e transporte da madeira, e, numa análise ainda mais ampla, dificultarão o novo plantio do próximo ciclo da floresta. Assim, esse controle de plantas daninhas em sub-bosque é essencial na faixa dos 3-4 anos da condução da floresta”, conclui. 

Solução em herbicida para pastagem

Para manter sua pastagem saudável e livre de plantas daninhas invasoras, é essencial escolher o herbicida para pastagem adequado. Neste contexto, o Tordon Ultra se destaca como uma solução confiável. O Tordon Ultra é um herbicida altamente eficaz projetado especificamente para o controle de plantas daninhas em pastagens, garantindo que o seu gado tenha acesso a uma área de alimentação de alta qualidade. Com sua capacidade comprovada de eliminar plantas indesejadas, o Tordon Ultra-S é a escolha preferida dos pecuaristas que buscam manter pastagens saudáveis e produtivas.