Depois de usar correntão e roçada para limpar o pasto, a Fazenda Barreirão conheceu a tecnologia sustentável para controle efetivo de plantas daninhas.
Quando Helvécio Pereira Caixeta começou a gerenciar a Fazenda Barreirão, no ano 2000, um de seus desafios foi controlar as plantas daninhas que infestavam a propriedade. Essa era uma prioridade, já que o proprietário, José Ribeiro, tinha muitos planos para a fazenda recém-adquirida no município de Lagoa Grande, no noroeste mineiro.
Helvécio conta que naquela época as plantas daninhas eram tiradas por meio do correntão, técnica que usa grandes correntes puxadas por tratores de esteira, usada para a remoção rápida de vegetação nativa.
“O problema é que você tinha que deixar o pasto sujar bem para depois fazer o combate, porque se a planta não tivesse um porte médio, o correntão não fazia efeito. Tinha que passar duas vezes e era mais difícil”, relata.
Outra medida utilizada para controlar o avanço das plantas daninhas nas pastagens foi a roçada, que era ainda mais trabalhosa. “Além de gastar muito tempo, a roçadeira estragava muito pasto e fazia a planta daninha rebrotar mais rápido. Ou seja, onde se cortava um ou dois ramos, nascia oito. Então, ficava pior e a infestação aumentava”, diz o gerente.
Atualmente, a Fazenda Barreirão, de 4 mil hectares, tem um rebanho de 4.500 cabeças de gado, que utiliza o pasto como base da alimentação, principalmente o capim braquiária. Agora, o controle de invasoras em toda a propriedade é feito por meio da aplicação de herbicida.
“Esse controle se tornou mais rápido, porque é feito com o pulverizador e cobre uma área maior. O rendimento por área é maior e o controle melhor, porque a daninha morre e não tem rebrota nem floração”, afirma.
Há dez anos, Helvécio conheceu a tecnologia da Corteva Agriscience, por meio do representante da marca que atende a sua região. Desde então, ele utiliza produtos da Linha Pastagem para controlar as plantas daninhas anuais e bianuais de folhas largas.
“Com o uso dessa tecnologia, o trabalho ficou mais fácil, porque você aplica em mais área por hectare/dia e melhora a produtividade dos pastos, porque a planta concorrente ficou menor a cada ano, não tem a floração e fica sem sementeira para repovoar no ano seguinte.”
Segundo o gerente da fazenda, a melhora foi constatada ano a ano, com aumento na lotação de pasto e diminuição da dosagem utilizada, devido à alta eficiência do produto.
“Depois de intensificar as aplicações anuais, com eliminação de sementeiras de concorrência nas pastagens, hoje temos pastagens limpas, adubadas e com alto potencial produtivo”, destaca.
Conheça a Linha Pastagem da Corteva Agriscience.
O clima irregular da região é outro desafio constante para o gerente da fazenda. Segundo Helvécio, é preciso planejamento e estratégia para enfrentar as mudanças climáticas que alternam entre a seca prolongada e períodos de chuva intensa, principalmente no mês de janeiro.
“Enfrentamos essas dificuldades com boas pastagens e silo para suprir a alimentação do rebanho, quando necessário. O segredo é manter o foco, acompanhar o mercado, aproveitando o momento certo de compra e venda”, revela.
Para auxiliar na gestão, ele conta com uma assessoria de equipe veterinária da Escola Superior do Agronegócio (Esagro) e o apoio da tecnologia.
Entre os aplicativos que considera fundamentais para agilizar as ações do dia a dia, estão o software de gerenciamento de rebanho e o aplicativo de mensagens WhatsApp. Além disso, todo o gado é rastreado por meio do sistema Sisbov, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Helvécio conta que o bem-estar animal hoje é uma realidade que está sendo implantada na fazenda, com a adoção de novas práticas. “Os animais são conduzidos sem o uso da vara com ferrão na ponta; para evitar concorrência, os animais são separados por categoria de peso; os currais são fechados para evitar estresse e o número de lotes no manejo é menor”, diz ele.
A preocupação com a sustentabilidade ambiental também está presente na gestão da fazenda, que investe na preservação do solo. Esse cuidado é feito como o aprimoramento no uso das pastagens, não deixando degradar, adubando sempre boa parte da fazenda para atingir lotação do rebanho.
“Aqui não fazemos nenhum desmate e conservamos as áreas de APP e reservas legais. Trabalhamos com reforma de pastagem, introdução de braquiárias e outras gramíneas para pastejo e cobertura do solo. Também implantamos curvas de nível e bolsões para contenção de enxurrada, evitando erosão e fazendo acúmulo de água nas pastagens.”
