Saiba como o manejo de pasto pode aumentar a lucratividade da sua atividade pecuária
Investir no manejo de pasto adequado é uma estratégia econômica que impacta na qualidade e quantidade de forragem para os animais, melhorando seu desempenho.
Investir no manejo de pasto adequado é uma estratégia econômica que impacta na qualidade e quantidade de forragem para os animais, melhorando seu desempenho.
A baixa produtividade do pasto e a degradação de pastagens já formadas representam um aumento significativo nos custos da atividade pecuária que pode ser evitado. Esses problemas podem ser consequências diretas ou indiretas da má-formação ou do manejo inadequado durante a fase de estabelecimento da pastagem.
Neste texto da série “Prosperando na Pecuária com Baixo Investimento”, você vai saber como o manejo do pasto adequado pode ajudar você a aumentar a lucratividade da atividade pecuária.
O manejo de pasto é uma prática essencial na pecuária que envolve o planejamento e a execução de técnicas para otimizar a utilização das pastagens.
Seu objetivo é garantir que o gado tenha acesso à forragem de qualidade durante todo o ano, promovendo o crescimento saudável das plantas e evitando a degradação do solo.
Isso inclui o controle do tempo e da intensidade do pastoreio, a rotação de pastagens, a adubação, e o controle de pragas e doenças. Um manejo eficiente aumenta a produtividade e sustentabilidade da atividade pecuária.
Segundo a pós-doutora em Zootecnia e professora de Forragicultura e Pastagens, Janaína Martuscello: a produção animal em pastejo é a forma mais barata de alimentar o rebanho, chegando a ser até um terço mais barata do que o animal confinado, desde que haja um manejo adequado.
Fundamental para a sustentabilidade e produtividade da pecuária, o manejo de pasto influencia diretamente na qualidade e quantidade de forragem disponível para os animais, afetando sua nutrição e desempenho.
“Com um bom manejo de pasto, você aumenta a capacidade de suporte do pasto e assim consegue aumentar a taxa de lotação. Dessa forma, você dilui os custos fixos, diminuindo o custo total de produção. Então, numa escala de prioridade, antes do pecuarista trocar a genética do gado e fazer a adubação do pasto, é importante que ele aprenda a manejar para diminuir os custos de produção”, orienta a professora.
Um dos maiores erros que o pecuarista comete, pontua Martuscello, é não conhecer a necessidade de fertilidade do solo e a necessidade de manejo da forrageira escolhida. Ela ressalta que o sucesso no manejo depende de escolher bem a planta forrageira e atender às suas exigências em fertilidade de manejo.
“Não é possível fazer um bom manejo de pasto se você não conhece muito bem a forrageira e tudo que ela pode gerar na sua fazenda. Então, é muito importante que o pecuarista seja orientado a manejar o pasto de acordo com a altura predeterminada para aquela planta que ele está escolhendo”, explica Martuscello.
No momento da implantação de pastagens é essencial que o pecuarista faça uma avaliação do seu clima, da sua topografia e uma análise de solo. A professora indica que a escolha de sementes de qualidade e um controle rigoroso de plantas daninhas também são cuidados fundamentais.
“O primeiro passo para o sucesso da produção animal em pastejo é uma boa formação. Então, o segredo de uma pecuária de pasto de sucesso é escolher bem a forrageira que seja adaptada às suas condições de solo, de clima e à sua capacidade de manejo. Também é preciso fazer controle de plantas invasoras, ajustar o manejo, fazer toda a adubação necessária, a reposição de nutrientes e ir ajustando a lotação”.
Agora que você já sabe o que é manejo de pasto e como ele pode ser benéfico, confira alguns cuidados que devem ser tomados para que ele seja implementado da maneira correta.
Cada planta tem uma altura predeterminada cientificamente, que deve ser respeitada. Por outro lado, a professora alerta que quando se mantém o pasto muito rapado, com baixíssima massa de forragem, não há tempo para esse pasto se recuperar.
Com isso, ao longo do tempo a rebrota vai ficando cada vez mais lenta, aparecem espaços vazios, e logo esse solo será infestado por plantas invasoras.
“Haverá uma diminuição drástica da produção vegetal e, consequentemente, da produção animal. Por isso, manejar o pasto por altura e tirar da zona de pasto passado e pasto rapado já é uma grande evolução no que diz respeito ao aumento da lucratividade nas fazendas que usam pecuária a pasto”.
Martuscello explica que quando os pastos são manejados com a altura indicada para cada uma das plantas é mais fácil encontrar o momento em que o pasto está com boa produção e boa qualidade.
“Existe uma ideia errônea de que pastos altos são pastos bons. Os pastos altos, de forma geral, apresentam uma alta produção de talos, muito colmo, muito material morto e pouca produção de folha. É um pasto que apresenta muita fibra e pouca proteína, e isso se reflete diretamente no desempenho animal. Então, essa ideia de que pasto alto é pasto bom está errada, porque nós temos que trabalhar com as alturas determinadas para cada forrageira”, afirma a professora.
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Um dos principais problemas enfrentados pelas pastagens brasileiras é a baixa produtividade, causada pela degradação das áreas. “A degradação de pastagens é o freio de mão da pecuária brasileira, pois a perda de capacidade produtiva do pasto afeta diretamente o negócio do pecuarista”, destaca Edson Ciocchi, Engenheiro Agrônomo e Líder de Agronomia da Linha Pastagem da Corteva Agriscience.
Segundo Ciocchi, um dos fatores que mais contribuem para a degradação é a escolha errada da forrageira, que precisa levar em consideração diversos pontos, como o relevo, tipo de solo, clima, categoria dos animais, ciclo produtivo e tipo de manejo das áreas.
A partir da escolha correta, o próximo passo é adotar estratégias para evitar a degradação do pasto – garantir o manejo adequado da área, ter uma taxa de lotação de animais ajustada, observar a fertilidade do solo e o tempo de pastejo dos animais, fazer a reposição dos nutrientes exportados pelo pastejo dos animais por meio da adubação de manutenção e controlar as plantas daninhas.
“É muito importante mantermos o pasto limpo. Quando a planta daninha ocupa o espaço que era para ser da forrageira e a infestação se torna mais agressiva – que é quando as plantas passam de herbáceas para arbustivas e acontece a regeneração do bioma que estava antes, isso significa perda de produtividade e é o fundo do poço no caso da degradação”, explica.
Para não chegar a um nível crítico de degradação, Ciocchi enfatiza que é fundamental sempre cuidar do pasto desde a sua implantação, pois as forrageiras são plantas perenes e podem durar muitos anos com os devidos cuidados.
“O controle de plantas daninhas deve ser feito desde a formação da área de pastagens. Hoje, temos dados de que o não uso de herbicidas na formação da área de pastagens pode afetar em até 40% da produtividade. Então, começar certo, com controle de plantas daninhas na formação e manutenção das áreas, é muito importante”, acrescenta.
Outro ponto importante, considerado imprescindível por Martuscello, é a correção do solo. Isso porque grande parte dos solos brasileiros são solos ácidos, com baixos níveis de cálcio e magnésio. Além de neutralizar o alumínio tóxico, a correção vai elevar os níveis de cálcio e magnésio e corrigir o pH do solo.
O cálcio é fundamental para o desenvolvimento do sistema radicular, fazendo com que a planta consiga aprofundar raízes e, consequentemente, busque nutrientes e água em camadas mais profundas. Quando o pH do solo está fora dos índices ideais, ele inibe a absorção de outros nutrientes, principalmente o fósforo. Isso faz com que haja menor perfilhamento, menor ocupação do solo e menor produção de forragem.
“A correção do solo deve ser feita no momento da formação ou da renovação (reforma) da pastagem, ou como recuperação de pastagem e cobertura. Para se fazer a calagem e cobertura ideal, use um calcário com alto PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total), um calcário fino e que seja feito no início do período chuvoso com o pasto rebaixado”, recomenda a professora.
A adubação de pastagem é essencial para a produtividade e a qualidade nutricional do pasto. É ela que vai fornecer os nutrientes essenciais que as forrageiras necessitam para um crescimento saudável, como nitrogênio, fósforo, potássio e outros elementos.
No entanto, alerta Martuscello, a adubação de pastagens não pode ser feita sem que antes seja realizada uma análise de solo. Esse é o primeiro critério para uma boa adubação de pastagens.
"Fazer o manejo adequado é ainda mais importante do que fazer adubação, já que muitas das vezes o pecuarista usa adubação em pastagens de forma errônea, porque ele não aprende a manejar o pasto. Quando você faz adubação, você aumenta consideravelmente a produção de forragem. Então, você precisa aumentar a taxa de lotação, porque estará aumentando a capacidade de suporte do pasto”, destaca.
Martuscello esclarece que a adubação deve ser feita no período das águas, sempre na chuva ou nos sistemas irrigados, porque é neste período que a planta tem água, luz e temperatura para poder se desenvolver adequadamente. Não se recomenda fazer adubação no período seco, mesmo que a produção de forragem seja mais baixa.
“Existe uma tendência de querer adubar na seca para aumentar a produção de forragem, mas se não há água para fazer o transporte desses nutrientes, não adianta fazer adubação, mesmo que o sistema seja irrigado. Portanto, a adubação deve ser feita com base nos resultados da análise de solo, no período das águas e obedecendo às características de cada adubo”.
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A presença de plantas daninhas é um dos fatores que contribuem para a diminuição da produtividade das pastagens. Por isso, o manejo adequado de pastagem pode evitar o surgimento destas plantas invasoras, que quase sempre estão associadas à degradação do solo.
Existem diferentes métodos de controle de plantas daninhas em pastagem. A solução mais adequada deve ser definida com a orientação de um profissional, que vai recomendar ações conforme os tipos de invasoras encontradas na área, as condições de solo e clima, tamanho da área da pastagem e nível de tecnologia da propriedade.
Os herbicidas são uma ferramenta importante no controle de plantas invasoras, e assim como em todo ciclo de manejo de pasto, é preciso utilizar o produto certo na dose correta para eliminação da matocompetição.
Pasto é a fonte de alimentação de menor custo para o rebanho. E quando as plantas daninhas atrapalham, você precisa de soluções simples e eficientes, por já ter o suficiente para gerenciar.
Para aproveitar ao máximo o manejo de pasto, pecuaristas precisam intensificar sua gestão com o objetivo de produzir mais @ por hectare. Essa simples mudança de pensamento permite que pecuaristas maximizem a produtividade do pasto e aumentem o retorno sobre o investimento.
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