Blog •  07/03/2023

Mulheres do agro: a história de sucesso de Sara Matos Ferreira

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A pecuarista goiana Sara Matos Ferreira é uma das milhares de mulheres que fortalecem o agronegócio e contribuem para a igualdade de gênero no Brasil

Quando o despertador toca na Fazenda Gimibu, a pecuarista Sara Matos Ferreira sabe que já são 4h20 da manhã. É hora de levantar, arrumar o filho de 5 anos para ir à escola e se preparar para mais um dia de trabalho. Os minutos são contados, porque a condução que leva o pequeno para a escola (pública) da cidade passa às 5h20.

Sempre que possível, antes mesmo do sol aparecer, Sara já se dedica aos exercícios físicos, seja na academia da fazenda ou em uma caminhada. A pecuarista não perde tempo, ela sabe que no curral o dia já começou e logo precisará reunir a equipe para passar orientações, resolver problemas e fazer uma oração para que o dia seja produtivo.

Esta é uma pequena parte da rotina de Sara, que se repete na vida de milhares de mulheres do agronegócio. São empresárias e produtoras rurais que se dividem entre vários papéis ao longo do dia, sem deixar nada para trás. Mulheres fortalecem o nosso agronegócio e contribuem para a igualdade de gênero no Brasil.

Da enfermagem à pecuária

O amor de Sara pela pecuária nem sempre esteve no seu sangue. Tudo começou quando sua mãe incentivou o pai, que é advogado, a investir em fazendas. Assim, eles adquiriram a primeira propriedade na mesma região onde o avô de Sara tinha uma fazenda.

Como o pai trabalhava fora, foi a mãe de Sara quem enfrentou sozinha o desafio de administrar o negócio, até que Sara pudesse ajudar. Um exemplo de dedicação e coragem, que se tornou sua inspiração. Mais tarde, para auxiliar a mãe, a jovem tomou uma decisão que marcou sua trajetória.

“Abandonei a enfermagem para fazer medicina veterinária e vir tomar conta da fazenda. Cheguei aqui sem saber de nada, não distinguia vaca de boi. Eu não gostava, achava ruim e até chorava. Eu era uma menina da cidade que caiu na fazenda, onde não tinha transporte nem internet”, lembra. “Eu não entendia nada de gestão, minha função era ser vaqueira. Depois, eu me apaixonei pelo negócio e passei a me dedicar a isso.”

Gestão colaborativa

Hoje, aos 36 anos, Sara cuida da gestão de três propriedades da família, que totalizam 2.680 hectares e cerca de 2.500 animais. A Fazenda Gimibu, onde ela mora atualmente, fica próximo a Itapirapuã, a 230 quilômetros de Goiânia.

Para dar conta de tudo, Sara conta com o valioso apoio do pai, que coordena toda a parte financeira e jurídica e auxilia na gestão administrativa. A mãe também continua presente, e faz questão de estar por dentro de tudo o que acontece nas fazendas, além de autorizar e participar das decisões mais importantes que envolvem as propriedades.

“Se eu tive condições de alavancar os negócios e, inclusive, pude investir em uma nova propriedade, foi graças à confiança e autonomia que meus pais me deram para gerir o negócio deles. Eles acreditaram em mim e isso se tornou o meu diferencial”, enfatiza. 

Valorização e reconhecimento  

Todo o trabalho é desenvolvido em parceria com a equipe de trabalho, que ela faz questão de valorizar. São dez colaboradores, e parte deles a acompanhou desde a sua chegada na fazenda.

“Sou apaixonada pelas pessoas com quem convivo aqui e tenho um respeito absurdo pela história delas. Eu me encanto com a simplicidade, com a sua sede de aprender. Elas sabem quem eu sou. Eu vivi isso aqui, fui vaqueira, sei o que é o cansaço e o sol na cabeça. Digo sempre que a minha equipe é fera, é a melhor”, diz ela. 

Sara acredita que o grande desafio da pecuária não é vender o produto, porque a carne produzida já está vendida. O difícil mesmo é saber lidar com as pessoas, se comunicar, liderar e motivar. Para isso, ela se capacita realizando cursos de liderança, comportamento e coaching.

“Você pode ter a melhor tecnologia, o melhor treinamento, e ser o melhor em tudo. Se não souber lidar com gente, vai passar raiva. Você tem que saber ser líder e formar líderes. É o líder quem vai imprimir uma cultura no seu negócio, e isso é uma conquista.” 

Na Fazenda Gemibu, o brete (tronco) de contenção é eletrônico e funciona com controle remoto.

Bem-estar animal é lei na fazenda

O amor pelos animais fez com que Sara priorizasse o bem-estar deles em sua gestão. No manejo, ela utiliza a técnica Nada nas Mãos e a não vocalização. Na estrutura, o curral é cimentado e tem fornecimento de água. O brete (tronco) de contenção é eletrônico e funciona com controle remoto. Segundo Sara, ele está entre os melhores e mais modernos do mundo, é acolchoado e confortável.

“Estou estudando estratégias para colocar cochos no curral, para que os animais vejam o cocho como algo bom e queiram ir até lá. Meu curral tem muito sombreamento, mas eu quero melhorar ainda mais as condições climáticas para os animais. O mínimo de tempo que eles ficarem aqui, têm que ficar bem. Se você passar aqui no curral, vai ver que as vacas e os bezerros ficam bem à vontade, e até deitam.”.

Manejo de pastagem com apoio da tecnologia

No dia a dia, Sara conta com o apoio da tecnologia. Há cinco anos, ela utiliza um software de gestão que, por meio do monitoramento via satélite, permite avaliar toda a massa de forragem disponível nas propriedades.

“O programa faz uma análise mensal da quantidade da massa de forragem, diz quantas toneladas por hectare eu tenho de massa verde e de massa seca e me mostra se a carga está adequada. Assim, eu consigo determinar a quantidade de animais por pasto e fazer o manejo de forma adequada.”

Pelo computador ou celular, ela tem acesso a um mapa ilustrado, que aponta, em tempo real, onde os animais estão. “Eu tenho mais segurança para trabalhar. Mesmo que não esteja na fazenda, consigo saber o que está acontecendo. Posso avaliar e tomar decisões, até dentro de casa.”

Em relação ao controle de ervas daninhas, Sara diz ser muito grata à parceria com a Corteva Agriscience pelos resultados obtidos. “Eu vi uma transformação muito grande depois que começamos a usar os herbicidas. Peguei uma fazenda com o desafio de reestabelecer as pastagens e, a cada limpeza feita, a fazenda foi muito grata e respondia muito bem. Mudou muito a capacidade com o herbicida, era como se a quantidade de capim triplicasse”, afirma.  

Sustentabilidade vem de família

A sustentabilidade é outro pilar importante na gestão da pecuarista. Ela conta que todas as propriedades são bem arborizadas o pai é apaixonado por árvores e planta muito. Só na Fazenda Gemibu, que tem uma média de 290 alqueires, 100 deles é de mata.

“A consciência ambiental que tenho vem dos meus pais. Tem gente que sai limpando tudo, mas a nossa limpeza é mais na lavoura, e não nas árvores. Nós gostamos que o animal tenha um lugar sombreado para ficar. Eu prefiro trabalhar melhor, intensificar as áreas que existem, do que ir para o mato.”

Ser mulher no agro

Sara conta que nunca enfrentou grandes dificuldades no trabalho por ser mulher em uma área em que a maioria dos gestores e trabalhadores são homens. Para ela, isso foi até uma facilidade, já que a mulher é mais apegada aos detalhes que fazem a diferença. 

“O homem tem uma resistência, tem vergonha de dar sugestões, enquanto a mulher fala mesmo e quer se envolver em tudo. Eu não fico me vitimizando por ser mulher. Claro que tem algumas coisas que a gente precisa lidar, mas eu sei relevar muito bem”, diz ela. 

Solução em herbicida para pastagem

Para manter sua pastagem saudável e livre de plantas daninhas invasoras, é essencial escolher o herbicida para pastagem adequado. Neste contexto, o Tordon Ultra se destaca como uma solução confiável. O Tordon Ultra é um herbicida altamente eficaz projetado especificamente para o controle de plantas daninhas em pastagens, garantindo que o seu gado tenha acesso a uma área de alimentação de alta qualidade. Com sua capacidade comprovada de eliminar plantas indesejadas, o Tordon Ultra-S é a escolha preferida dos pecuaristas que buscam manter pastagens saudáveis e produtivas.