Blog •  15/02/2023

Pecuarista-S sequestra carbono e aumenta área preservada

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Além comprovar sequestro de carbono, Pecuarista-S aumentou a área de reserva legal e mantém a fazenda produtiva, com o apoio da Corteva Agriscience 

“Pecuarista não degrada, não é contra a natureza ou a favor de desmatamento. Pelo contrário, a mata é nossa aliada.” Essa sempre foi a convicção do pecuarista Edgar Luiz Fedrizzi Filho, proprietário da Fazenda Gaúcha, localizada em Cascavel, no oeste do Paraná. 

Engenheiro civil por formação, Edgar conta que o envolvimento com o agro e o respeito à natureza veio da família. Ele aprendeu muito com o pai, pioneiro no agronegócio na região e sempre ligado às questões do meio ambiente.

Mesmo com uma gestão sustentável na fazenda, os dois tinham uma preocupação constante em relação à “falsa verdade” sobre os danos da pecuária ao planeta, principalmente em relação à questão do carbono.

“Tratamos a pastagem como lavoura, temos alta densidade, alta carga animal e investimos em genética precoce. A gente não conseguia entender como nossa atividade, e de muitos outros da pecuária, deixava uma pegada de carbono”, diz.

Edgar conta que pesquisou muito sobre o assunto e viu que as medições de carbono são difíceis de fazer, dependem de fórmulas, equipamentos e procedimentos científicos. Foi com o auxílio da Corteva Agriscience e da Plataforma-S que ele conseguiu comprovar, cientificamente, que a sua atividade era sustentável. 

“Entramos em contato com a Corteva Agriscience, que nos apresentou a metodologia que aplicamos na propriedade. Foi fantástico, porque não só comprovou o que a gente acreditava de uma forma empírica (que nós sequestrávamos carbono), mas nos deu um número: 260 toneladas de carbono sequestrados pela nossa atividade.”

Ações sustentáveis que trazem resultados

Além de trabalhar com genética precoce e variedades de forrageiras que fixam bastante carbono, Edgar investe na preservação de áreas de mananciais. “A água que os nossos animais bebem não é de cacimba, porque todas as nascentes são vedadas.” 

As áreas com vegetação nativa também aumentaram. Hoje a propriedade tem 32% de reserva legal, mais do que determina a legislação. Pela lei, o percentual que deve ser preservado varia de acordo com o bioma e a região do país. Na região onde está a propriedade de Edgar, o percentual exigido é de 20%. 

Centrais fotovoltaicas produzem 150% da energia utilizada na Fazenda Gaúcha

Energia sustentável

Outra forma que o pecuarista encontrou para mitigar carbono na fazenda foi a produção da própria energia. Hoje a propriedade tem duas centrais fotovoltaicas. “Somos superavitários, produzimos 150% da energia consumida aqui. O que acumula fica em crédito e é injetado na rede para outros consumidores. Assim, evitamos que sejam utilizadas outras formas impactantes de produção de energia”, enfatiza.

O aumento no uso de formas renováveis de energia está entre as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, que define ações para diminuir a emissão de gases de efeito estufa e preservar o meio ambiente contra as mudanças climáticas. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), o agronegócio já responde por 13,1% da energia solar do país.

Pasto rotacionado e controle de pragas

Na Fazenda Gaúcha, o gado é criado com rotação de pastagem e intensificação. Uma das características da região são as braquiárias, um alimento natural do gado. Para ter mais eficiência no manejo de ervas daninhas, Edgar conta com a parceria da Corteva Agriscience.

“A Corteva Agriscience tem nos ajudado muito na limpeza do pasto com produtos que apresentam princípios ativos de baixo impacto ambiental, e isso também foi fundamental. São produtos que reduzem a mão de obra e não impactam tanto a natureza”, afirma.

Para o pecuarista, a qualidade da pastagem é um dos segredos para garantir uma boa carga animal. Por isso, na fazenda a pastagem é tratada como uma cultura.

“Nosso objetivo é produzir genética de alta qualidade, e meu avô sempre dizia que genética também entra pela boca. Então, uma pastagem bem manejada, adaptada e adubada, livre de ervas daninhas, é fundamental para a qualidade da carne e para a produtividade.” 

Consciência ambiental se aprende na escola

A preocupação de Edgar com o meio ambiente vai além da porteira da Fazenda Gaúcha. Foi ele quem indicou o Colégio Estadual de Longuinópolis para ser beneficiado pela Escola-S, uma das ações sociais da Plataforma-S, programa da Corteva Agriscience que promove, incentiva e valoriza iniciativas sustentáveis no campo.

Os alunos do colégio, localizado em uma área totalmente agrícola no interior do município de Braganey (PR), vêm de famílias que trabalham no campo ou em atividades relacionadas.

O objetivo da ação social é plantar alimentos para suprir a merenda escolar e produzir plantas nativas para recuperação ambiental. Além de prover o mercado com as mudas, será uma oportunidade para conscientizar as pessoas sobre a redução de carbono.

“A gente tinha dificuldade em conseguir espécies nativas, mas recentemente surgiu a oportunidade de participar do projeto da Corteva Agriscience. Então, de uma experiência que tive em outro local, surgiu a ideia de trazer a escola para o projeto”, diz Edgar, que espera ser um dos primeiros clientes a comprar as mudas.

A Corteva Agriscience já instalou na escola, de forma gratuita, um sistema de irrigação e estufas para produção de mudas de árvores frutíferas e árvores nativas. O projeto também vai recuperar um poço artesiano e instalar um sistema de captação de energia solar, para abastecer o colégio e o sistema de irrigação.

“Essa parceria é uma benção para Braganey, para a escola e para nossa comunidade. O nosso sonho é que esta seja uma escola-modelo em ensino e aprendizagem. É uma escola pública que pode mais, e com certeza vai fazer muito mais”, afirma Flávio Brandão, diretor do colégio. 

Colégio Estadual de Longuinópolis, localizado em Braganey (PR)

Desenvolvimento de escolas rurais com a Plataforma-S

A Escola-S é uma ação da Plataforma-S que une pecuaristas e comunidades em prol do desenvolvimento de escolas rurais. O projeto incentiva a reforma de escolas rurais e estimula ações de geração de renda para as escolas da região. O projeto também busca despertar a conscientização dos alunos para os cuidados com o meio ambiente e reforça a importância da pecuária sustentável para alunos e familiares.

Assista aqui a entrevista completa no programa Pasto Extraordinário. Para saber mais sobre as ações da Plataforma-S no Colégio Estadual de Longuinópolis, clique aqui.

No programa Pasto Extraordinário, você conhece histórias de pecuaristas que desenvolvem ações sustentáveis em todo o país e também acompanha entrevistas com especialistas sobre como produzir com rentabilidade e respeito ao meio ambiente, cuidando da sociedade e priorizando o bem-estar animal.